20 de jul. de 2011

MULTAS


     
   Crescem o número de multas no Rio Grande do Sul, notificações por excesso de velocidade e embriaguez. A manchete embute a idéia de que estamos correndo e bebendo mais. Todos sabem que os brasileiros no transito são completamente omissos, tiram o corpo fora até quando vão ser atropelados. Bebem e andam mais depressa do que deviam, sempre fizeram isso então, nas entrelinhas da reportagem encontramos a verdade irrefutável; As multas cresceram.   
      Muito bem, alguém contra? Mais vigilância, mais segurança! Mas incrivelmente o número de acidentes e mortes aumentou. Podemos tentar explicar essa incongruência através de um raciocínio lógico; Multas não coíbem as correrias e os porres, simplesmente porque sabemos que ela atinge o bolso e o que dói no bolso sobe a cabeça não como ensinamento, mas como castigo. Pelo que sei o castigo foi abolido nas escolas, nas relações pais e filhos e é inaceitável até mesmo nas prisões. Comprovou-se que castigo não muda, não cura e não torna ninguém melhor ou mais honesto.
      As únicas soluções, a educação e a conscientização nos escapam abafadas pela mídia que veicula sem escrúpulos as qualidades dos carros entre elas a potência e destacam; Pode bater tem seis Air Bag!  Temos ainda, bem instalados no porão ou no sótão de nosso cérebro as corridas de carros, caminhões, camionetes, motos, e outras esquisitices e para arrematar e capturar-nos ainda em tenra idade; os games.
     Quanto à embriaguez, que tal as peripécias da mídia com aquelas mulheres servindo cerveja. Elas mesmas, ás que detonam qualquer lembrança de bafômetro. Terminam, por obrigação legal, com a frase; Se beber não dirija! Por favor, como vou levar a vagaba para meu Apê? Apé? Infame, o trocadilho e a idéia deles.
      É uma luta desigual, mas temos que encarar o bicho. Fiscalização em vez de achaque ao bolso dos giramundos mal influenciados. Guardas nos orientando em vez de protegendo bancos e pedágios. Fiscalização e orientação são igual a menos trabalho, menos custos e melhores resultados a não ser que o objetivo seja mesmo arrecadar. Bom, neste caso continuem as tocaias atrás das árvores e seja o que o Estado quiser.
      Não sei de todos, mas eu vou pegar meu casaco marrom e ficar sentado a beira do caminho, de corpo presente, sem ser omisso embora receie que um dia o Estado consiga alcançar a velocidade da luz e aí sim terei que tirar o corpo fora para não ser atropelado. 


MARCONI 2011

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