27 de jul. de 2011

NOITADA




    O psicólogo falou que eu era doido, pedi uma segunda opinião, ele falou que eu era feio. Doido e feio, sina herdada, inevitável, mas a grana que recebera de uma empreitadinha encobria meus predicados.
     Saí com a idéia fixa, Motel.  Antes de colocar o Fusca em movimento consultei a agenda;
     - Vamos ver... Letra A... Não tem nenhuma... B, nada... C, nada... D, nada... E, Emerenciana... Não mamãe, não!... F, nada... Agenda de feio só tem parente!
     Soltei o freio. O Fusca ronronava. Avistei um mulherão numa esquina, encostei. Era uma loira de formas um tanto exageradas. Estava dentro de um vestido vermelho, encarei.
      - Oiii! Esta ferida?
      - Não, por que?
      - Não caiu do céu meu anjo?
      - Brigada!
      - Um motelzinho, topa!
      - Cem reais!
      - Só tenho vinte!
      - Legal!
      - Entra!... Cuidado para não amassar as asinhas meu anjo!
      - Tem nada não por vinte já virei diabinha.
      Rodei dez metros e senti suas asinhas. Abri o vidro, entrou um vento legal, dissipou as asinhas e de brinde fez esvoaçar seus cabelos Viena Hair. Que imagem!
      - Por que aceitou só vinte... Gostou de mim?
      - Gosto do que faço.
      - Ah, ninfomaníaca?
      - O pessoal me chama de puta!
      Quando chegamos ao motel o fusca não ronronava, gemia. Parei diante de uma fresta na parede de onde saiu uma voz feminina.
      - Apartamento vinte, luxo trinta e suitchi quarenta!
      Olhei a gatona ao meu lado e pensei; Ela merece! 
      - Que que tem na suíte?
      - Telesão a cor, figo bar, hidromenssage, luz estromboscópi, corchão dágua e é faxinada cada veiz que é usada.
      - Tem filme pornô?
      - Tem!
      Dei uma olhadela em meu anjo, pisquei e respondi para a fresta;
      - Nem precisava estou com o pecado ao meu lado!
      Embuti o Fusca na garagem, portão automático, coisa fina. Dei uma acelerada antes de desligar, costume. A loirona desceu, deu uma respirada e tonteou. Agarrou-se a porta do fusca e desabaram, ela e a porta. Levantei o anjo e deixei a porta no chão. 
      Entramos na suíte com ela rebolando aquela imensidão bipartida, enlouqueci. Puxei-a e colei a boca naqueles lábios carnudos, muito bom até seu canino tocar minha afta. Virei-me para um dos espelhos, escorria de minha boca vermelha de batom, um fio vermelho de sangue, Picasso não teria feito melhor, um feio em dégradé . 
      Meu anjo loiro estava em frente ao frigobar tentando abrir uma cerveja.
      - É só torcer meu anjo!
      Ela colocou a garrafa sobre o frigobar e ergueu os braços e começou a gritar;
      - Abre... Abre... Abre...
      Sentei no colchão d’água. Chamei-a para o meu lado, ela veio, atirou-se e eu voei, voei um metro de altura e dois de distância. Estatelei-me no carpete cor de mel. Tudo bem, eu estava em estado de graça, relevei o acontecido. 
      Para desculpar-se ela me prometeu um strip. Na verdade ela não tirava o vestido, lutava para sair dele. Saiu, seu corpo nu explodiu na minha frente. Ela percebeu que eu estava meio decepcionado com tanto corpo.
      - Que foi... Só porque é magrinho eu...
      Não querendo perder seu querer e para não magoá-la resolvi mentir.
      - Que é isso? Eu também já fui assim... Eu fiz quimioterapia e....
      - Quimioterapia, na PUC ou na USP?
      Com muita paciência expliquei que se tratava de um tratamento para uma doença e ela aproveitou o papo.
      - Tu por acaso não tem AIDS?
      - Que é isso anjo!
      Larguei de conversa e objetivei o encontro, tratei de planejar o ato e resolvi que o mais coerente seria comer aos pedaços, por partes. 
      Na testa o gosto de suor, nas bochechas pó de arroz, nas orelhas o gosto amargo de cera e no nariz cravos, foi mal, mas eu não estava a fim de desistir no primeiro percalço e parti para o pescoço.
      Beijei e lambi dobra por dobra, todas as quinze. Havia um colar, biju de pérolas, engoli vinte e três bolinhas, um gancho de metal e trinta e cinco centímetros de fio de nylon.
      Após uma mordidela em cada ombro parti para os seios. Chafurdei o que pude no direito, para o esquerdo faltou fôlego então, mirei uma cicatriz, único lugar firme por ali e me diverti. 
      Parti para a barriga, uma espécie de massagem para deixá-la ao ponto. Idéia errada, meu anjo começou a se retorcer e peidar. Quinze minutos esperando o fedor se dissipar.
      Amainado o bufo segui viajem, fui até seus pelos púbicos e fiz um caracolzinho com um chumaço, três minutos com o dedo enroscado. Avistei um grupo de chatos conversando sobre conservação da floresta, desisti do local.
     Nas coxas acariciei-a sempre evitando as estrias e varizes.
     Ela virou-se de costas deixando a minha mercê as imensas nádegas. Dei-lhe dois tapinhas de amor, foi um erro fatal. Suplicou-me que batesse mais, dei-lhe mais dois tapas, ela pediu mais, dei-lhe mais dois, pediu mais, dei-lhe um soco, pediu mais, dei dois passos para trás e embalei, dei-lhe uma voadora, um pé em cada lado da bunda. Ela pediu água. Peguei o canivete e furei o colchão.
    Com o peso da loirona o colchão rasgou e ela começou a afundar. Suas pernas ficaram para o ar e não me contive, fui. Fui fundo, rápido, mas fundo.
    Terminado o serviço, eu em pé me ajeitando, ela ainda deitada na água veio à conversa.
    - Sabe só aceito programa com cara como tu!
    - Como assim?
    - Malvadinho e sem essa tal de AIDS... Peguei uma vez e não quero mais arriscar! 
    Peguei o frigobar larguei em cima dela e esperei até que se afogasse.    
   

20 de jul. de 2011

MULTAS


     
   Crescem o número de multas no Rio Grande do Sul, notificações por excesso de velocidade e embriaguez. A manchete embute a idéia de que estamos correndo e bebendo mais. Todos sabem que os brasileiros no transito são completamente omissos, tiram o corpo fora até quando vão ser atropelados. Bebem e andam mais depressa do que deviam, sempre fizeram isso então, nas entrelinhas da reportagem encontramos a verdade irrefutável; As multas cresceram.   
      Muito bem, alguém contra? Mais vigilância, mais segurança! Mas incrivelmente o número de acidentes e mortes aumentou. Podemos tentar explicar essa incongruência através de um raciocínio lógico; Multas não coíbem as correrias e os porres, simplesmente porque sabemos que ela atinge o bolso e o que dói no bolso sobe a cabeça não como ensinamento, mas como castigo. Pelo que sei o castigo foi abolido nas escolas, nas relações pais e filhos e é inaceitável até mesmo nas prisões. Comprovou-se que castigo não muda, não cura e não torna ninguém melhor ou mais honesto.
      As únicas soluções, a educação e a conscientização nos escapam abafadas pela mídia que veicula sem escrúpulos as qualidades dos carros entre elas a potência e destacam; Pode bater tem seis Air Bag!  Temos ainda, bem instalados no porão ou no sótão de nosso cérebro as corridas de carros, caminhões, camionetes, motos, e outras esquisitices e para arrematar e capturar-nos ainda em tenra idade; os games.
     Quanto à embriaguez, que tal as peripécias da mídia com aquelas mulheres servindo cerveja. Elas mesmas, ás que detonam qualquer lembrança de bafômetro. Terminam, por obrigação legal, com a frase; Se beber não dirija! Por favor, como vou levar a vagaba para meu Apê? Apé? Infame, o trocadilho e a idéia deles.
      É uma luta desigual, mas temos que encarar o bicho. Fiscalização em vez de achaque ao bolso dos giramundos mal influenciados. Guardas nos orientando em vez de protegendo bancos e pedágios. Fiscalização e orientação são igual a menos trabalho, menos custos e melhores resultados a não ser que o objetivo seja mesmo arrecadar. Bom, neste caso continuem as tocaias atrás das árvores e seja o que o Estado quiser.
      Não sei de todos, mas eu vou pegar meu casaco marrom e ficar sentado a beira do caminho, de corpo presente, sem ser omisso embora receie que um dia o Estado consiga alcançar a velocidade da luz e aí sim terei que tirar o corpo fora para não ser atropelado. 


MARCONI 2011

13 de jul. de 2011

ONDE VAMOS PARAR?



           Estou a fim de queixas, em dia carrancudo fico mais rabugento e para começar essas... Depois do computador não existem “mal traçadas linhas” então, para começar esse mal escrito uma piadinha.
          No Rio de Janeiro, dois mecânicos da TAM estavam a fim de um porre. Não tinham bebida nem grana resolveram tomar combustível de jato. Para um deles o outro dia estava especial de bom, até que o telefone tocou. Era seu colega de porre;
          - Por que não veio ao serviço, ressaca?
          - Não, tu já peidou hoje?
          - Não, por quê?
          - Eu estou falando de Cuiabá! 
        Já viu que o ICMS na conta de luz é 35%? A rede na frente da tua casa tem para raio conforme manda a lei? Os caras assumiram tudo a ser cobrado e nada a ser executado. AESUL, AE o que? O que eu te fiz para pegarem minha rede e deixá-la sem proteção e pródiga em quedas de energia? Eu pago em dia para não sofrer corte, não por satisfação. Nas faturas não há quedas e proteção é ameaça, “Serviço de Proteção ao Crédito”. 
       O telefone... Oi! Oi? Não te conheço, vieste lá do além mar, me enfia um monte de pulsos todo mês, “coisa” que não consigo contar, medir, arrumar, empilhar, sei lá... Na fatura tasca trocentos pulsos e me liga uma vez por semana oferecendo um plano começando a lábia com: Já que o senhor utiliza tantos pulsos... Ah, vamos parar! Eu só tenho dois pulsos sacrificados na adolescência e agora preenchendo cheques para vocês. Oi? Como Oi, se sou um número para ti?
      A água até que esta aceitável embora nem eu nem ela estejamos de acordo com o nome CORSAN, se marrom é cor sã aprendi tudo errado. Falando nisso esse SAN não significa saneamento? Pois é... Cadê?
      Os bancos que preciosidade! Ficam com o nosso dinheiro, trabalham com ele, emprestam compulsoriamente para o governo e nos cobram por isso. Taxa mensal, taxa para acesso pela Internet, taxa para extrato, taxa para cadastro, taxa para... Poderiam pelo menos trocar o nome, que tal Cadeira Elétrica?
      Cartão de crédito, este sim, é o máximo em absorção de recursos do próximo. Cobra do vendedor, do comprador, do atravessador, do... Ofereça dinheiro vivo e peça desconto para caixa de super mercado, não vai levar. Para o seu VISA, para o seu MASTER e para o seu AMERICAN eles pagam de 3% a 5%, eles precisam e nós precisamos de que? Segundo eles; Bala de troco!
      Não bebi combustível de jato e nem peidei, mas já estou para lá de Cuiabá há muito tempo.     

MATRIX


12 de jul. de 2011

PEIXE AO VINHO



        Resolvi fazer uma surpresa para minha esposa e preparar uma especialidade cuja receita recebi de um grande colaborador deste blog, my brother. Muito boa receita, fiz e deu certo...  

Ingredientes: 
- 01 garrafa de vinho tinto, pode ser Flor de Uva.   
- 01 robalo de aproximadamente 02 quilos 
- Sal, pimenta e cheiro verde a gosto 
- 350 ml de azeite de oliva extra Virgem 
- 200 gramas de castanhas de caju picadas.


Modo de preparar: 


- Pegue o robalo. 
- Beba uma taça de vinho. 
- Temperar o robalo com sal, pimenta e cheiro verde a gosto. 
- Massageá-lo com azeite.  
- Pré-aquecer o forno por 10 minutos.  
- Sirva-se de uma taça de vinho enquanto aguarda. 
- Use as castanhas como “tira gosto”. 
- Colocar o peixe em uma assadeira grande.  
- Sirva-se de mais duas taças de vinho.  
- Axustar o terbostato na marca 3 , e debois de uns vinch binutos, botar para
assassinar. 
- digu: assar. 
- Derrubar mais uma taça de vinho, debois de beia hora abrir o vorno e gontrolar a
assadura do bicho.  
- Tentar zentar na gadeira, servir-se de uoooooooootra taça de vinho. 
- Cozer(?), costurar(?), cozinhar, sei lá, voda-se o peixe. 
- Deixáááá o filho da buta do escamudo no vorno por umas 4 horas. 
- Tentar retirar o roba... Robe... Bicho do vorno. Num vai guemar a mão, garaio! 
- Mandar mais uma taça... Dão, beber vinho no gargalo. 
- Tentar novamente tirar o sacana do peixe do vorno, porque na primeira
teenndadiiiva dããão deeeeuuuuuu.  
- Begar o bicho que gaiu no jão e enjugar o filho da buta com o bano de jão e
cologá-lo numa pandeja ou qualquer outra borra, bois você dão gosssssssssta
muito dessa bosta mesmo.  
- Tá Brontinho!

10 de jul. de 2011

DECODIFICADORES TV - TUTORIAIS



DECODIFICADORES - AZBOX - AZAMÉRICA

TUTORIAL PARA INSTALAÇÃO E USO

1º PASSO - AQUISIÇÃO
- Vá a Livramento ou Foz do Iguaçu.
- Atravesse a fronteira.
- Escolha uma loja.
- Diga ao atendente o quer comprar. 
  Nesta etapa - Não é necessário trocar o Idioma, eles já nos conhecem.
                           Não precisa dizer qual a marca, a dele é mais atualizada e melhor. 
- Compre toda a parafernália e volte para casa.
Observação – O 1º passo pode ser substituído pela aquisição direta via contrabandista.

2º PASSO – INSTALAÇÃO
- Chame um técnico.
   Nesta etapa - Fique por perto, pois ele esta lidando com seu sonho e com suas telhas.
- Ouça com atenção as instruções que ele lhe passara.
- Pague o cara.
Observação – O 2º passo pode ser substituído pelo “faça você mesmo”, caso não de certo reconsidere e chame o técnico.

3º PASSO – USO
- Acomode-se.
- Ligue a TV.
- Desfrute.

         Esta travando, congelando a imagem, os canais estão codificados... Não se desespere a solução é simples siga o tutorial abaixo.

1º PASSO - Verifique se os cabos estão bem fixados e nos locais corretos.
2º PASSO – Suba no telhado e verifique se as antenas estão bem direcionadas.
Observação – Esta etapa pode ser substituída por uma olhadinha do pátio.   
3º PASSO – Compre quatro (4) pilhas grandes.
4º PASSO - Afaste o decodificador da TV (mínimo dois metros).
5º PASSO – Arremesse as pilhas contra o decodificador.
Observação – Use toda sua força e procure acertar todas elas.
6º PASSO – Ligue para SKY ou EMBRATEL, peça a religação e renovação de sua assinatura.                        
 Observação – Você pode eliminar os passos 3 e 5 substituindo as pilhas pela bateria do seu carro.    

        Estes tutoriais foram elaborados para ajudar os estressados e não pode ser utilizado comercialmente. 

Marconi - 2011         

4 de jul. de 2011

MÃE NATUREZA

      OS DOUTORES DE HAWARD DECLARAM; A LARANJA  TEM VITAMINA C E FERRO; PREVINE O CÂNCER DE PULMÃO...



     ...OLHANDO A COISA POR OUTRO ÂNGULO É MELHOR PEDIR UMA SEGUNDA OPINIÃO COM O DOUTOR FREUD!

3 de jul. de 2011

BREGA EU?

        Frio e chuva. Existem as roupas quentes, as bebidas quentes e o fogo na lareira. Esquentar o corpo a gente consegue, mas não é o suficiente. Há muito mais a ser aquecido, brega não? Ótimo é para ser exatamente assim, sem medo de falar de amor, sem medo de ser brega.
          A gente sempre quer tirar da cabeça o que está no coração. Acho que tem razão quem declara; “Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos”.
         Vou abraçar essa...

Ritmo da chuva
        
Olho para chuva que não quer cessar
Nela vejo o meu amor
Esta chuva ingrata que não vai parar
Para aliviar a minha dor
Eu sei que o meu amor para muito longe foi
Numa chuva que caiu
Ajeite por favor, para ela não contar que o meu coração se partiu
Chuva traga o meu benzinho, pois preciso de carinho
Diga a ela para não me deixar triste assim
O ritmo dos pingos ao cair no chão só me deixa relembrar
Tomara que eu não fique a esperar em vão
Por ela que me faz chorar
Chuva traga o meu amor
Chove chuva traga o meu amor...
Demétrius
   
   Não precisa dizer que esta comigo nessa, eu entendo, mas não esqueça que o amor é o único jogo em que todos podem ganhar.

Marconi
2011

2 de jul. de 2011

NÃO DEU CERTO


"PROJETAR BRASILIA PARA OS POLÍTICOS QUE VOCES COLOCARAM LÁ FOI COMO CRIAR UM LINDO VASO DE FLORES PARA VOCES USAREM COMO PINICO"

Oscar Niemeyer

1 de jul. de 2011

RECONSULTA


- Que é isso?
- O pobrema é o seguinte doutor, eu era macho mau pacas. Qué que soleltre ou faça rascunho? Era bédi, B... É... D... I ou... Y, como tu quiser. Prá mim, tapa era carinho e palavrão era reza. Era até meio homofóbis. Medo, as coisa tinha que ser muito horrível prá me mete medo. Enfrentei muita cara com as veias saltada e nunca reneguei enfretamento. Comi mais oreia que o Mike Tison...
- Eu sei, mas...
- Mas o que, tá duvidano de mim? Eu era macho mau e comedor. Tinha jeito não, mulhé passava na frente eu pegava e ó... Fuqui! Qué que soleltre? F... U... Q... U... I ou Y, como tu quiser. Apreciava a parada. A mulhé tinha que ser muito horrível prá eu não enfrenta, na verdade nunca reneguei enfrentamento e olha que eu me meti com muita baranga de veia saltada. Comi mais mulhé que o Tiger Woods...
- Eu sei, mas...
- Doutor, não brinca comigo que te taco um processo!
- Processo?
- Craro... Quando resorvi fazer este exame de prósta acho que eu tava in off! Qué que soleltre? I... N... ...Ó... Fi... ou Fy, como tu quiser. Tu podia ter sido mais profissional, mais cara dura, tá entendendo? Mas não, veio todo delicado, luva de borracha, creminho, cheio de amansamento. Carcou degavarinho e ficou rebuscando... Pô doutor podia te metido de vereda, uma cavadinha e deu, tá examinado!
- Não queria te machucar e...
- Machucou, olha só como eu tô...
- Virou travesti por causa de um exame de próstata, esta de brincadeira comigo!
- Travesti não doutor, Crossdresser. Ainda não entrei nas parada, nenhum envorvimento... Ainda!
- Quer saber? Tu não estava in off, estava é em stand by! Quer que eu soletre ou desenhe? S... T... A... N... D... B... Y ou Bi, como tu quiser!

Marconi 
2011