27 de abr. de 2011

HOMEM DE COR


                                                   Quando eu nasci eu era negro,
                                                   quando cresci eu era negro,
                                                   quando senti frio eu era negro,
                                                   quando tomei sol eu era negro,
                                                   quando senti medo eu era negro,
                                                   quando fiquei doente eu era negro,
                                                   quando morri eu era negro.

                                                  Quando você nasceu era rosa,              
                                                   quando cresceu era branco,
                                                   quando sentiu frio era azul,
                                                   quando tomou sol era vermelho,
                                                   quando sentiu medo era amarelo,
                                                   quando ficou doente era verde,
                                                   quando morreu era cinza.

                                                   E você diz que eu sou homem de cor!

Campanha publicitária - Racismo

TAL COMO SOMOS...


HOMEM
- HOMEM PREVENIDO VALE POR DOIS, MAS QUEM COMPRA?
- HOMEM EM CASA DE DIA É MANDADO, DE NOITE OBEDECE.
- HOMEM QUANDO ABRE A PORTA OU O CARRO OU A MULHER É NOVA.
- HOMEM QUE É HOMEM NÃO ENGOLE SAPO, COME PERERECA.
- HOMEM É COMO LATA, UMA CHUTA OUTRA CATA.
- HOMEM É COMO VASSOURA SEM O PAU NÃO SERVE PARA NADA.


MULHER
- MULHER QUE SE VENDE VALE MENOS DO QUE RECEBE.
- MULHER, UM CONJUNTO DE CURVAS QUE LEVANTA UMA RETA.
- MULHER É COMO ÍNDIO QUANDO SE PINTA QUER GUERRA.
- MULHER E FOTOGRAFIA SE REVELAM NO ESCURO.
- MULHER É CAPAZ DE TUDO, O HOMEM O RESTO.
- MULHER É COMO MOEDA OU SÃO CARAS OU SÃO COROAS.

23 de abr. de 2011

AMOR...

 

           Excluídos os verdadeiros poetas, os românticos de nato talento e mais alguns privilegiados falar de amor pode levar-nos ao ridículo, pois só nos lembramos de falar sobre ele quando estamos apaixonados e os apaixonados não conhecem a tênue linha que divide o amor e a sua cega paixão. Armadilha preparada para disparates, mas o certo é que nada nos impede de falar sobre o amor, as paixões... Vamos deixar passar, afinal são passageiras!
             O verdadeiro amor não se mede, por um sentimento temporal e também não tem medida em grandeza e duração. Grande vencedor no ataque e invulnerável na defesa, ele é um bem.
           É uma batalha, uma guerra e isso é crescimento, dependente da compreensão. Compreensão é seu alimento!
             Quando duas pessoas se conhecem e mesmo assim não pensam menos uma da outra há a compreensão, o alimento.
               Um expediente simples para verificar se vives o real amor é atentar para o que você se torna quando está ou pensa nesta pessoa.  Você ama por quem ela é ou pelo que se torna nestes momentos de convivência?
                 Honoré de Balzac dizia: É mais fácil ser amante do que ter um amor é mais fácil dizer coisas bonitas de vez em quando do que ser espirituoso dias e anos a fio.
               O amor, por nossa educação e sociabilidade gera mais feridas que as amizades, os contatos sociais e de negócios. Essas feridas só podem ser curadas por quem as causou. 
             A dura e cruel verdade é que o amor é um embuste e somente quem passa pela dor deste embuste chega à inocência do amor. 
             Pensando nisso tudo dentro de meus parcos conhecimentos de expressão da palavra ouso dizer ou escrever as seguintes palavras ou asneiras, como queiram...
             Eu não pretendo ter tudo em minha estada nesta vida, mas sou muito feliz em ser algo para alguém. É uma ambição sem limites que me faz um eleito e acho que ninguém pode valer nada enquanto não for amado.
           Quero ser compreendido por pessoas dispostas a me amarem que; Por minha idade, experiência, leia-se astúcia, o que mais desejo é o que finjo não desejar.
           O que atrapalha? Bem, na vida de um homem o amor pode ser considerado um fato à parte, o homem tem por costume extrair da cabeça o que vem do coração, já para uma mulher é toda a vida e vem mesmo do coração.
          Aprender que o amor é uma flor, mas é preciso colhê-la à beira de um precipício é um grande passo para um homem, aprender isso é nobre!
          Como o amor já foi considerado como o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função dele seja levar o ser humano a perfeição, que ele é o único jogo no qual os dois podem ganhar, que é a aceitação de que entre semelhantes existem muitas e preciosas diferenças a serem respeitadas e por fim que os Deuses iluminam o céu para quem ama, posso ter sido ridículo com este texto mas...  O amor pode fazer até um cão ladrar em versos!

20 de abr. de 2011

OS PREDADORES

            Parece coisa de quem bota fogo em floresta ou da pedrada em passarinho mas não, claro que não, o predador é outra figura. Sabe os Grinpiçe, também são. Não crê? Pois veja só predador é o gesto, o modo, a apresentação, a atuação, a coisa que arrasa, estraçalha o começo o fim e o meio.
       O pessoal combina, cada um leva um instrumento, como é bom saber tocar um instrumento para tirar um som, um rock estas me entendendo? Um trouxe a guitarra, outro o contra baixo, outro a bateria e o predador o que trouxe? O Azdrubal? Heim? Trouxe o trombone! Trobone no rock? Predador, terminou com a idéia dos caras. Predador é isso estraga metade do ambiente deixa só meio ambiente. Bom, ai me aparecem os Grinpiçe, onde resta meio ambiente tem Grinpiçe. Mas a saga de Azdrubal não finda, ele mete a mão na boca do trombone e tira duas trouxinhas de marijuana e distribui aos Grinpiçe. Dai uma nuvem densa de fumaçê termina com o meio que restou do ambiente. Predadores.
       Predador somos todos. Sabe quando tu estas querendo sexo com a patroa e se apresenta com uma camiseta sobra de campanha com a cara do Brizola, cueca que o elástico já deu de sí, fundilho caído e nos pés. Ah nos pés! Aquela beleza de pantufa que tua mãe esqueceu de propósito na tua casa. Cara, nesta hora tu é predador mór, o pai deles. Não tem ambiente nem meio ambiente que te suporte. Sabe meu? Ela te dá porque não tem outro por perto, aliás não é ela que te dá é tu que pega!
           Mas ela também é predadora, sabe quando? quando o par romântico sai, vai jantar fora, a noite promete! Crianças na sogra. Ele nem se aborrece quando ela demora no banho, demora se vestindo, demora se maquiando, demora escolhendo sapato, demora ajeitando os cabelos, demora se perfumando, tudo bem, a noite promete! No restaurante, comida, vinho, umas quatro garrafas. Na saída, ele anuviado, tonto, já acha a patroa melhor que a Sharon Stone. Em casa , cozinha, quartos, tudo a disposição. Puta que pariu a noite promete! Ele fica na sala, ela com o pretinho básico mal cobrindo as nádegas caminha, em saltos altíssimos até o banheiro. Quarenta e cinco minutos depois volta. Chinelo de dedo e meia de lã, camiseta da Fabrica de Molas e Retífica de Motores Irmão Caminhoneiro, calça de pijama e a cabeça enrolada numa toalha. Esfrega as mãos, diz que esta com frio, comenta que a mestruação já devia ter vindo e que talvez ele devesse buscar as crianças. Predadora! Não tem outra meu, ela termina com o ambiente e com o meio ambiente.
             Pior é que não se pode matar o bicho, afinal depois que criaram o IBAMA...

17 de abr. de 2011

VAIDADE


     Já viste um campo de trigo maduro? Veras que algumas espigas são altas e fortes e outras se dobram até o chão.
     Observe as altas, as vaidosas e verás que estão vazias. Ao contrário se observares as baixas, as mais humildes verás que estão carregadas de grãos. 
     Podes deduzir que a vaidade esta vazia. (Padre Pio)
   

15 de abr. de 2011

AÇÕES - ESTAÇÕES

INVERNO - No inverno em vez de principalmente, deve-se dizer, sobretudo.


OUTONO – É uma borboleta amarela? Ou é uma folha esvoaçando no vento?


PRIMAVERA – A primavera é uma licença poética, Sim, só pode ser isto. Porque na verdade não há estação mais chuvosa, mais ventosa, menos primaveril.


VERÃO – Há sempre, afastada das outras, uma nuvenzinha preguiçosa que ficou sesteando no azul.

Escritos - Mario Quintana
Desenhos - Marconi -2005

13 de abr. de 2011

DESARMAMENTO - O RETORNO II

     Wellington, com sua demência, você planejou todos os pormenores de seu ataque hediondo, anteviu as conseqüências, mas não todas.”
    Conforme previsto surgiu à proposta de um novo plebiscito visando à proibição do uso de armas pelas vítimas. Defendida com unhas e dentes pelo marimbondo maranhense, ele mesmo, o marimbondo que tem a democracia arraigada em suas entranhas. Tem, tem mesmo, era da ARENA enquanto a ditadura militar campeava, migrou para o PMDB para ser vice (Não entendam servir-se) de Tancredo Neves e por atrapalhadas do destino acabou Presidente, agora, como Presidente do Senado é defensor e representante máximo do PT. É quase impossível achar alguém mais democrata.
     Partindo dessa premissa, quero sugerir ao ilustre marimbondo que democratize sua proposta incluindo na proibição os demais. Os demais são aqueles que fazem vítimas. Peço também a inclusão dos seus seguranças particulares e do Senado. Posso até sugerir a proibição de armas para a polícia e o exército, afinal existem muitos acidentes com armas nessas corporações.
    Eles até atiram nas pessoas erradas!

Informações:

- Vão comprar trabucos novamente.
- Desta vez também munição.
- Vão pagar menos que os bandidos.

    Marimbondos de Fogo é um livro de poemas do político e escritor brasileiro José Sarney, publicado em 1978. Dois anos depois de sua publicação, Sarney foi eleito "imortal" da Academia Brasileira de Letras.

    Millôr Fernandes descreveu Marimbondos de Fogo como "um livro que quando você larga não consegue mais pegar".



12 de abr. de 2011

FELIZ PÁSCOA

QUE NESTA PÁSCOA SUA FELICIDADE SEJA COMO UM COELHINHO;  SE REPRODUZA SEM PARAR!

A DATA DA PÁSCOA

     Vamos tentar desvendar um imbróglio que poucos sabem ou muitos nem querem saber, como é marcado a data da Páscoa.

     É o dia, que marca a ressurreição de Cristo, de acordo com o decreto do papa Gregório XIII em 1582, conforme o Concílio de Nicéia de 325 d.C., ato do imperador romano Constantino, é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre logo após 21 de Março, data fixada para o equinócio de primavera no hemisfério norte.
     Até ai tudo bem, não se entende nada, mas continuemos.
     A data da Lua Cheia não é a real, mas definida nas Tabelas Eclesiásticas que não levam em conta o movimento complexo da Lua, assim facilitando o calculo.
     Para se saber a data para qualquer ano no calendário Gregoriano (o calendário civil no Brasil), usa-se a fórmula abaixo, com variáveis inteiras e restos de divisões ignorados. Usa-se “a” para ano, “m” para mês, e “d” para dia.
c = a/100
n = a - [19×(a/19)]
k = (c - 17)/25
i = c - c/4 - [(c-k)/3] +(19×n) + 15
i = i - [30×(i/30)]
i = i - {(i/28)×[1-(i/28)]×[29/(i+1)]×[(21-n)/11]}
j = a + a/4 + i + 2 -c + c/4
j = j - [7×(j/7)]
l = i - j
m = 3 + [(l+40)/44]
d = l + 28 - [31×(m/4)]

     Continuamos sem entender lufas, talvez com um exemplo...

Para o ano de 2000,
a=2000
c=2000/100=20
n=2000-19×(2000/19)=2000-19×105=5
k=(20-17)/25=0
i=20-(20/4)-[(20-0)/3]+(19×5)+15=20-5-6+95+15=119
i=119-30×(119/30)=119-(30×3)=29
i=29-{(29/28)×[1-(29/28)]×(29/30)×[(21-5)/11]}=29-{1×0×0×1}=29
j=2000+500+29+2-20+5=2516
j=2516-[7×(2516/7)]=2516-[7×359]=3
l=29-3=26
m=3+[(26+40)/44]=3+1=4
d=26+28-(31×1)=23
A Páscoa foi em 23 de Abril de 2000.

     Isto é um algoritmo de 1940 e impresso no Explanatory Supplement to the Astronomical Almanac, ed. 1992.

     Piorou? Eu sabia! Entretanto para que possamos dar resposta quando algum chato nos perguntar, eu garanto; A Páscoa sempre ocorre entre 22 de Março e 25 de Abril.





10 de abr. de 2011

MOMENTO

O MELHOR MOMENTO É AQUELE QUE SE ETERNIZA.

DESARMAMENTO II - O RETORNO

DESARMAMENTO II – O RETORNO

     Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos entra na Escola Municipal onde estudara, no Rio de Janeiro armado com dois revólveres e mata doze crianças. Tiros e horror.
     O Rio é predestinado à geração de crimes. Assaltos, tráfico de drogas, seqüestros entre outros, acho que poucas coisas acontecem por lá que não envolvem fatos trágicos, festa de ano novo tem barco afundando, carnaval tem escola desfilando com o que restou de um incêndio, turista que não foi roubado quem aponta um? Caso queira apontar cuidado, pode perder o dedo com uma bala perdida.
     O caso do Wellington esta levantando uma imensa discussão sobre a posse de armas, assunto velho e já resolvido em plebiscito, não o Rio e todas as suas mazelas, mas o caso Wellington.
     Juro, a primeira autoridade que vi na televisão falando sobre tomar medidas sobre o assunto foi o Senador José Sarney. Logo tu que sem escrúpulos e muito perdão encheu sua tulhas de dinheiro mal havido. Será mensurável o número de crianças, adolescentes e adultos que sofrem e até morrem por falta deste dinheiro? Talvez o próprio Wellington pudesse ter sido diagnosticado e tratado caso tivéssemos boas escolas e bom atendimento a doentes mentais.
     Algumas horas após vejo e ouço na televisão a Presidenta Dilma declarando, lá da China que ao retornar quer em sua mesa um plano de ação contra o uso de armas. Logo tu que agia armada contra a ditadura, ou seqüestravam cônsules e assaltavam bancos de mãos limpas? Era por uma boa causa! Concordo, eu também quero o direito de andar armado por uma boa causa, minha vida e de meus familiares, a defesa de meus bens adquiridos com trabalho e não por desvios e mensalão.
     Quero ter o direito de me defender de fatos tão ou mais assustadores que uma ditadura e da corrupção do poder.
     Não brado pela luta armada contra o estado das coisas desta terra, mas tenho para mim que se for chamado a isso preciso estar preparado, certo Presidenta?
    "As únicas desgraças completas são as desgraças com as quais nada aprendemos." (William Ernest Hocking)

9 de abr. de 2011

3 de abr. de 2011

2 de abr. de 2011

MEU HOMEM

Sentada em frente ao escrivão ela falou;
- Tá me entendendo era meu, tá legal? Meu homem. Macho, macho, macho trêis vêis macho. Não tinha nem de frente nem de ré, era meu se arrastava aos meus pé! Truche ele para mim com as própria peripécia. Gramei pelo desgraçado!
Fui no armazém busca Arkasester e bicarbonati prá patroa, probrema de gas. Ele tava lá tomando umazinha e eu taquei o olho nele. Amor a permera vista. Empipocou minha pel, ele se arreganhou todo e preguntou o que eu fazia ali. Fiquei vermeia, puxei o ar prá da aquela froxura e dispois respondi que estava a servicio. Quase desmaiei quando ele disse que bonecra não devia trabaiá, só enfeitá prateleira. Até esqueci o que tinha ido buscá, só me alembrei quando cheguei em casa e senti o fedor em volta da patroa.
Vortei ao armazém tremelica de vergonha e carregada de ânsior. Ele não tava mais lá. Pedi informação e o bodegueiro me disse que o nome dele era Arcadio, era operário de obra, auxiliar de servente. Tava trabalhando numa reforma ali pertinho.
Não consegui mais tirar o Arcadio da cabeça, se enfiou nos meus miolos que nem bicho em gaiaba. Eu nem devia fala, trêis dias depois me mijei toda quando tava preparando o armoço e deu na radio, no programa do Marcio Mauro que Arcadio dedicava uma página romântica para a bonecra que conheceu no armazém. Fiquei de pernas frôxa e carne tremida quando começou a tocar Menina Veneno, não segurei. Depois disso cada veiz que eu ouvia o Riti me mijava toda.
Comecei a arrumá descurpa prá ir ao armazém todo dia e sempre que ele tava lá nóis se olhava, se examinava, só faltava corage prá se chegá e óia que eu se fresquiava, dava abertura, si insinuava.
Numa sexta-feira, eu tava a fins de diversão e ele resolveu abordá. Aceitei na hora o convite pro bailão. Ele me pegô em casa, chegamo já de mãozinha.
Dançamo, não deixei ele apertá prá que pegasse respeito. Não segurei os ímpeto e ele não pegou respeito, logo nóis arfava de amor. Grudamo um no outro. Arcadio era forte e me puxava, eu me fazia de fraca e deixava. Si esprimi toda contra ele.
quando botaram a música do Riti e ele beiçou meu pescoço não deu outra, mijei de moiá os sapatos.
Os tempo foram passando e meu amor por ele parecia ter fermento. Nóis se encontrava todos os dias no portão da casa que eu trabaiava. Nóis namorava, nóis beijava, nóis aparpava e até nóis se comia.
Trêis mêis dispois a obra que ele trabaiáva terminou. Os operário foram tudo embora, incrusive Arcadio. Ele fugiu de mim!
Fiquei fula. além do disgramado minha menstruação também tinha desaparecido.
Minha vida mudou, virei um istrupício a cata de Arcadio. Sai pelo mundo a indagá. Sabe como achei ele? Indo de obra em obra. Agora qué sabê porque matei ele? Por que quando vi o fiadamãe, justamente naquela hora me veio a cabeça a nossa música e achei que o Riti tinha razão. O mundo era pequeno demais prá nóis dois!

Marconi 20/02/2002