Isto não é uma queixa!
Somos do tempo em que a missa de domingo era sagrada, por imposição e temência a Deus. Que o homem era o primeiro a ser servido na mesa, por respeito. As mulheres não trabalhavam fora, cuidavam dos filhos. Os filhos já no primeiro emprego saíam de casa, por vontade própria. Os homens usavam chapéu e fumavam, sem saber, para morrerem mais cedo. Os artistas eram inatingíveis em suas intimidades. Chegavamos no máximo a sessenta anos, depois caíamos na aposentadoria ou no envelope. Somos, os da minha idade, de um tempo em que numa folha qualquer se desenhava e escrevia.
Não ouvimos mais os chamados dos sinos, por causa da ressaca da festa de sábado. O primeiro a ser servido na mesa é quem atendeu a porta da tele entrega. As mulheres trabalham fora para aumentar a renda da família para que os filhos que ficam na creche ou na esquina possam ter uma vida melhor e não precisarem emprego e sair de casa. Os homens usam bonés e fumam. Ah, fumam! Isso não mudou, mudou o fumo mas, não morrem mais cedo. Os artistas primeiro mostram suas intimidades depois viram artistas. Hoje chegamos aos setenta, oitenta, dirigindo, saltando, correndo e zoneteando. Hoje, numa tela qualquer desenhamos, escrevemos, nos comunicamos e muito mais.
Nada contra. Isso é fruto dos avanços do homem a procura de melhorias, é a tal tecnologia. Homem de sessenta ainda é homem, o Viagra esta solto. Mulher de sessenta não é velhinha, é mulherão.
Agora sim, isso é uma queixa.
Estamos nós, os que escaparam do envelope num tempo em que é normal ter vereador, deputado...e até presidente analfabeto. Sei que talvez não tenhamos o ímpeto dessa geração que ai está porém, junto com ela, precisamos tomar uma atitude e resolver isso DILMA VEZ!!!
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