27 de set. de 2010

25 de set. de 2010

AS LEIS

           Leis são teias de aranha que servem para apanhar insetos mas que se rompem a pressão de qualquer corpo mais pesado.

PUXA SACO

Pedro e Pedro caminhavam, seguiam, nadavam, andavam, navegavam juntos, sei lá escolham vocês uma situação, o que interessa é que conversavam.
Pedro era homem experiente, sabe como é, meia idade. Experiente não esperto e culto como todo o homem de meia idade pensa que é. Já o Pedro era mais novo e acabara de se envolver em politica, não, não era um mentecapto mas, por influência de amigos caiu na rede.
Quando Pedro soube que Pedro havia se embrenhado pelo caminho do é, foi ou será sem vergonha foi a sua procura para lhe passar alguns ensinamentos, pequenas coisas que a vida lhe ensinara. Foi bem recebido, pois além de amigo de longa data era um eleitor e eleitor para candidato é mercadoria.
- Pedro, então és candidato?
- E presidente do partido! E antes que me perguntes vou me eleger!
Pedro subiu no pódium de sua suposta sapiência e começou a soltar uns duzentos e treze conselhos para que Pedro se desse bem na campanha. O mais importante deles, mais importante por que gosto de me referir a ele, foi o dos puxa sacos.
- Pedro, são os piores, os verdadeiros inimigos na tua eleição, vivem ao teu lado a te bajular...
- Sei, tem uma porção deles a minha volta.
- É isso aí, sabe onde o sapo encontraria mais mosca? Envolta da merda. Entendeu, no fundo é isso que eles te consideram.
- Um sapo?
- Não, os sapos são eles, tu é a mer... desculpe!
- Pedro, entendi o recado!

Alguns dias depois Pedro foi a um jantar oferecido por Pedro. Encontraram-se num canto do salão e Pedro, não deixou por menos quis saber.
- Então tem tomado cuidado, tem sido muito bajulado?
- Tenho, claro mas quer saber?
- .... ?
- É indigno isso de ser lisonjeado mas é bom prá cacete!
  

24 de set. de 2010

ALERTA

É assim, mais um ano ou menos um ano.
 Que crime perfeito!

SABEDORIA

Sabe o que tem nesses estabelecimentos de ensino, os brutos e os aplainados. Os maus e os nerds.
- Por que tu queria dar um pau nele?
- Sei não, acho que não gosto deste bundinha...
- Pô o cara é um fiapo...Sei, tem inveja!
- Que é isso?
- Ele só tem nota boa, sabe muito, fala quatro línguas... E tu é... Deixa pra lá!
- Eu ia esmagar o cara, encher de porrada...
- Só vi tu gritar e ofender ele. Por que não partiu para cima?
- Medo!
- Essa é boa, o bruto com medo do fiapo!
- Tu não viu que ele ficou calado, não falou nada.
- Não entendi.
- O cara é inteligente demais, fiquei com medo e daí, qual é?
- Nada, calma!
- Tu tem idéia do que é ficar calado em quatro línguas?

23 de set. de 2010

O PRIMEIRO AMOR

O nome dele era Belnaldo, uma junção de Beloni e Flornaldo, seus pais que além de péssimos em nomear os filhos eram religiosos e zelosos com a educação dos guris. assim Belnaldo cresceu, temente a Deus e aos pais.
Tornou-se um jovem de boa índole porém tímido e por conseguinte, um tapado. Certo dia resolveu enfrentar a cidade grande, saiu do interior para a capital devido a absoluta falta de perspectiva de futuro na pequena propriedade de seus pais pois a mesma seria dividida entre seus doze irmãos, Fleloni, Benaldo, Aldoni, Flobel, Oniflo, Belflo, Aldobel, Oninaldo, Florabel, Loninaldo, Floloni e Belonaldo.
Os pais de Belnaldo eram religiosos mas nem por isso deixavam de molhar o biscoito e isso nosso herói absorveu durante sua educação. Logo que desembarcou na capital enlouqueceu com as moças da rodoviária e planejou; Primeiro um emprego depois, logo depois, uma namorada.
O emprego veio depois de oito meses, quando já estava sem dinheiro nem para comer pão com banha conseguiu colocação numa obra perto da pensão onde fora morar. A namorada apareceu na sua vida em frente a Igreja que frequentava aos domingos para agradecer aos santos a vida legal que recebera deles.
Como se estabeleceu o dialogo, como juntaram seus corações é um mistério, o que interessa mesmo é que Belnaldo e Creuzinha começaram a viver um para o outro. Na verdade era mais Belnado para Creuzinha do que Creuzinha para Belnaldo.
Ele não era nenhum estrupício mas não servia para galã de quermesse, era meia boca. Creuzinha não era nenhuma beleza mas tinha lá seus predicados, cabelos loiros Viena Hair e um corpo malhado, segundo ela nos afazeres de seu serviço.
O romance seguia seu mavioso caminho. Creuzinha fazia com Belnaldo o joguinho da moça casadoira, encabulava a cada beijo, fazia charminho de virgem a cada carinho recebido e não aceitava ousadias. Jamais fora com ele a pensão, nem mesmo queria saber onde era, para não  pensar em bobagens.
Encontravam-se sempre, em frente ou perto ou nos fundos da Igreja. Belnaldo ficou gamado, apaixonou-se, entregou seu coração a santinha que lhe caíra do céu.
O tempo passou e como tapado não é de ferro logo Belnaldo começou a sentir os chamados da carne. Ah, os amassos atrás da Igreja! Como bom rapaz procurou água para seu fogo com quem amava. Ela, Creuzinha negou uma vez, duas vezes, três vezes e antes que ela lhe negasse pela quarta vez Belnaldo desistiu e deu-lhe razão, afinal moça recatada casa donzela.
Esta conclusão estapafúrdia até poderia ser correta mas deixou-o sem saber o que fazer antes que seu fogo virasse incêndio.
Foi um colega de pensão que lhe deu a idéia de procurar uma prostituta. Belnaldo matutou muito sobre a dica recebida e depois de muita luta com as próprias mãos resolveu arriscar no palpite do colega. Nos classificados de um grande jornal, seção massagistas especiais pegou um número e foi ao corredor da pensão, em frente ao telefone espreitou, não havia nínguem, discou.
- Samanta a seu dispor!
- Aqui é o Belnaldo li no jornal que ai tem mulher que...
- Só tem meu querido, só tem! Como me diz meu macho vendo a Carla Perez, o que te falta aqui abunda!
- Bom, eu precisando, sabe, para ter uma idéia fazendo sozinho, se eu fosse o Pinóquio já teria pegado fogo !
- Quer só uma? Temos promoção para quantidade!
- Não sei direito o que fazer com uma, imagina...
- Qual tua preferência, gorda, magra, loira, morena, ruiva. Tem as que fazem de tudo e as que fazem de tudo e mais um pouco...
- Dá para escolher assim é?
- Digamos que tenho uma grande variedade em estoque e com as facilidades de hoje, mudamos a cor, enchemos, esvaziamos... Qualquer coisa em pouco tempo.
Belnaldo logo pensou na sua santinha e sem titubear pediu uma que se parecesse com ela. Havia uma em estoque. Acertado o preço e os detalhes foi-lhe prometido que no máximo em uma hora receberia a encomenda na pensão.
Ansioso, Belnaldo voltou ao quarto, cheirou as axilas, escovou os dentes e penteou-se cento e dezoito vezes. Ao ouvir as batidas na porta correu e a abriu, junto abriu sua boca falhada num sorriso imenso que amarelou ao constatar que a sua frente estava nada menos que a Creuzinha. Não a de sempre, era outra, mais bonita, lábios vermelhos, cabelos soltos, vestido curto e sapatos de salto.
Belnaldo, assustado pensou em voz alta;
- Creuzinha, tu aqui ? Em minha pensão, no meu quarto, nós combinamos de não...
Rápida e hábil ela interrompeu-o;
- Surpresa amor, queria te fazer uma surpresa, hoje resolvi aceitar tuas propostas!
- Co-como assim Creuzinha?
- Tu não queria ?
Não deu tempo para Belnaldo pensar, Creuzinha agarrou-se a ele e o arrastou para a cama. Deu a ele o que ele queria e mais umas quatro ou cinco coisas que ele nem sabia que queria. Foi uma ação tão arrasadora que deixou Belnaldo mais anuviado do que já era e como todo bom anuviado apaixonado resolveu contar a ela o que havia programado para aquela noite, chorou e prometeu que assim que a moça chegasse dispensaria seus serviços.
Compreensiva como só ela poderia ser, Creuzinha deu-lhe seu perdão mas antes arrancou dele a promessa de casarem-se em breve.
No outro dia Belnaldo procurou o colega que lhe dera a dica, contou-lhe o ocorrido e lembrou-lhe que o pecado não leva a nada e que o conselho que lhe dera poderia ter interrompido seu caso de amor, sua felicidade.
O colega ficou abismado.
- E a Puta que tu mandou vir...Veio?
- Não, graças a Deus...
Incrédulo, o colega escorou-se na parede.
- Sabe Belnaldo, se a base da felicidade fosse a verdade certamente ela não existiria... Tens razão foi um palpite infeliz que te dei!

21 de set. de 2010

O RABO

É deveras importante, antes, bem antes de Adão e Eva darem ouvidos a maldosa cobra e partirem na última astronave os rabos ficavam livres. Sim os humanos tinham rabo. Há uma teoria irrefutável sobre isso que diz que o rabo desapareceu quando eles começaram a sentar.
Durante milhares de anos o rabo foi pressionado contra o solo, contra as pedras, contra as gramíneas e principalmente contra os colos e isto foi fundamental para o seu desaparecimento porem, outras causas foram pesquisadas e incorporadas a esta teoria, por exemplo a encoxada. A encoxada foi bastante difundida no período pré histórico, a convivência promiscua entre os homens e mulheres na penumbra das cavernas possibilitava a encoxada. Alguns friorentos imploravam a seus parceiros que os encoxassem devido aos rigores do inverno, não podemos condená-los afinal viviam sob o era glacial. Deste fato derivou-se outra teoria, a da origem da palavra fresco para definir quem senta no colo alheio.
Outro forte motivo para o desaparecimento do rabo foi sem dúvida a ira do criador. Seu inegável pavio curto faziam-no tomar atitudes que levavam a raça humana a colocar o rabo entre as pernas. O dilúvio, Sadoma e Gomorra, término do paraíso, entre outras espetaculares mijadas fizeram brotar entre as pernas dos humanos terríveis assaduras causadas pelo atrito do rabo.
Deste fato surgiu outra teoria, a de que o saco masculino é o rabo que recusou-se a sair dali, envergonhado pelos pecados cometidos. O autor desta teoria explica que os ovos no saco seriam como o chocalho da cascavel e que o homem além de possuir um rabo tinha chocalho.
Motivo também irrefutável para o desaparecimento do rabo é o surgimento do jeans, o índigo blue, um tecido forte usado em calças apertadas o suficiente para esmagar qualquer resquício de rabo  ainda conservado. Levi Straus esqueceu-se que os homens rude do oeste esmagariam seus rabos contras as calças e essas contra as selas dos cavalos.
Isto quer dizer que os homens tiveram rabo até os meados de 1900, mas e as mulheres até quando ostentaram seus rabos? Diz a mesma teoria, já não sei qual, que com o advento da Primeira e a Segunda Guerra Mundial os homens, já sem rabos, apresentaram-se no front enquanto as mulheres ficaram em casa, sentadas fazendo tricô e ouvindo radio. Como o período foi longo e as cadeiras eram de péssima qualidade elas acabaram perdendo as últimas protuberâncias.
A esperança de que o rabo ressurja triunfante é notória. O homem parece não querer admitir a perda, quando tem sorte grita; Que rabo! E como é característica da raça humana, não faz nada para colaborar com esta esperança. Não elimina a cadeira, não para de levar mijada do criador, usa calças cada vez mais apertadas e por incrível que possa parecer faz de conta que a era glacial não terminou, continua encoxando!


19 de set. de 2010

É ISSO

Olho para chuva que não quer parar, nela vejo o meu amor... Mas quer saber, ti ti ti ti, blá blá blá blá,  realmente, realmente eu queria que ela estivesse nua!

VARAIS DE CHARQUE (10/10/1999)

Estamos colocando ordem na coisa, nada que seja assim, uma solução compreendeu, até porque para resolver problema de solução só trancando a respiração por um tempão. Estamos caminhando, criando CPI's, assim mesmo, no plural Cê -  Pê - I - Apóstolo ésse, coisa grande, baita. Contundente não é mesmo? Póxipól! A proposta tem enorme apelo moral.
Espraiar CPI's é o barato do momento, o resto, tirante os meus serviços, tudo esta caro. CPI do narcotráfico, CPI dos bancos, CPI do orçamento, CPI da justiça, não dá para entender como ainda não criaram o CPI day.
E os gira mundos aqui só assistindo, só negaciando, espreitando, esperando os resultados. As CPI's começam com um grupo de doze eufóricos deputados convocando uma coletiva que em frente a uma porrada de microfones enfia em nossos ouvidos o que irão fazer; investigar e prender. Com o passar do tempo o grupo é de dois, mais um tempinho e o grupo vira dupla sertaneja, um só. Passa mais um tempo e o grupo de um só é convocado a calar a boca que já não tem mais microfone à sua frente há uns seis meses.
No inicio da CPI, os indiciados ficam ouriçados que nem puto esperando resultado de exame de HIV, e nós os gira mundos continuamos certos de que desta vez é sério. As primeiras testemunhas, as descobertas, tudo indica que agora vai. Mas não vai. Começa a Terra Nostra.
Como o Matheu não é indiciado, não é testemunha, não é deputado a CPI que vá se catar. Tá certo, afinal, Zé Dirceu, Genoíno, PC Farias, Sarney, são tudo bofe perto do Matheu.
Não é assim, generalizado, tem gente que não quer saber do Matheu, quer saber dos problemas do Brasil, das coisas da mãe pátria, os problemas do nosso chão, esses assistem o Ratinho. São mais assim, digamos, politizados, intelectualizados, inseridos, isso mesmo inseridos! Afinal, um cara que assiste um homem com um baita cacete de borracha gritando que tem café no bule tá querendo o que mais além de ser inserido?
Gringos e roedores à parte voltemos as CPI's antes que elas se esvaziem, aliás chegamos tarde, já se esvaziaram. conseguiram de novo, desviaram nossa atenção.
Vi em algum lugar uma pintura que retratava uma charqueada com seus varais de carne seca, salgada, exposta ao sol, que em breve estaria pronta para alimentar pobres e escravos. Os deputados e senadores devem ter visto esta  pintura só não viram para quem era o charque. 

17 de set. de 2010

A RELAÇÃO HUMANA É UMA SURUBA

São difíceis as relações humanas, não as relações com as manas pois estas são problema para os manos embora prazeirosas para os amigos dos manos. O que não consiguia entender eram essas relações entre homens e mulheres. São incongruentes, não congruem nada, divergem. Choco-me, mesmo sem conseguir sentar sobre mim mesmo, ao observar as relações humanas.
Vejo que nem sempre elas são corretas e como diria Bill (Bill Zola), na verdade não estampam a realidade.
Quem são afinal os bem relacionados? Eu sei! São os Antonios, os Alváros os Adãos, principalmente se a relação for em ordem alfabética. As relações não espelham a verdade, vejam que Judas vem logo após Jesus. Então, heim? O Escariotes, tido e havido como um crápula é tão bem relacionado como Jesus, menino de ilibada conduta,  filho do Homem.
As relações humanas são inúmeras; relações de amizade, de amor, de trabalho, e mais, mui more! Tem gente que transita bem entre suas relações outros relacionam-se bem com suas transações, outros não transitam nem se relacionam, são os excluídos. Fogem, não querem ser nem saber de relacionamentos, resolvem seus problemas, falam consigo mesmos, trabalham em causa própria, não namoram, não amam, não fodem. São narcisos, se namoram, se amam e se fodem. Acreditam sempre na famosa frase; É preciso amar a si mesmo para vencer na vida. Aprendem a amar-se com intensidade, tanta que sentem-se auto suficientes e como é de conhecimento público que masturbação enfraquece a memória, esquecem de vencer na vida. Tudo bem, afinal não são pessoas do nosso relacionamento.
Aproveitando agora que a Free Way esta vazia vamos voltar ao assunto das relações humanas.
Constato estupefato que estou de sapato, nada a ver com o texto, é que não deu para perder a rima. Vamos de novo, constato em meus contactos, não deu. Vamos outra vez, Constato que os relacionamentos humanos possuem questões que só tem solução se soubermos entrar, penetrar, invadir seu âmago. Sabe como é? Lá dentro, dentrinho, no fundo, lá onde não da pé, o que dificulta uma análise global. Tem-se então o caso a caso.
O caso é então uma relação humana, conclusão óbvia, o cara tá tendo um caso... Uma relação!
Ouvem-se repetidas vezes as pessoas comentarem seus casos, com a fulano, com o sicrano, com a fulana e o sicrano ou mesmo com a fulana, o sicrano e o beltrano, o que, no meu modesto porém incontestável cabedal de conhecimentos é suruba.

16 de set. de 2010

MENINO VALENTE

Dediquei a manhã a ele
Meu pequeno herói vai para a escola
Meu coração dispara, como o dele
Entreguei-lhe lápis papel e cola


Banho tomado e roupa nova
Tudo pronto a felicidade aflora
Meu menino vai passar por esta prova
Partimos, eu orgulhoso e ele gabola


Chegamos, ele todo contente
Pergunto-lhe se tem receio
Não papai, eu sou valente


Mas no caminho para no meio
A lancheira aponta num repente
Papai, a bolacha tem receio!

13 de set. de 2010

A BEATA

Estavam na sala, em casa, logo após o pequeno lanche que Olga servia diariamente quando chegava da missa e Osvaldo, seu marido chegava...
- Osvardo, chegou a hora, vamos nos separar!
- Como assim, vai dormir mais cedo?
- Não, separar, divórcio...
- Tá falando sério? Órga, tu é minha paixão eterna, minha Deusa, minha...
- Pó para, paixão eterna dura menos que flerte em quermesse. Andei ouvindo e lendo algumas coisas e descobri que tu é pecador. Isso não me serve!
- Orga, tão fazendo fofoca e te mandando carta anomina?
- Para Osvardo. Ouvi isso do Pastor e li na bibria. ah, e ouvi o CD do Bati e Escafo, uns caras que vão fundo no coração da gente.
- Órga, vou te falar a verdade. Não tenho mais nada com a Benê!
- Que Benê, a vizinha?
- Ela!
- Tu nem conhece ela direito, nunca falou com ela, nunca...
- Mas eu estava apaixonado. Eu via ela todos dias, de longe mas via, o jeito dela andar, vestir, essas coisas.
- Osvaldo, tu te aproximou, convidou ela para, sei lá qualquer coisa, um jantar, um encontro. Tu mandou flores para ela, um presentinho?
- Não!
- É isso Osvaldo, pecado capital, Um dos sete, aliás um dos piores!
- Órga, sinceramente!
- Preguiça! Os homens traem, todos sem excrusão. No teu caso, e de muitos só não traem por preguiça!
- Tá querendo que eu te traia? Pois vou te mostrar, vou partir para cima dela...
- Agora?
- Órga, agora não né, tô cansado. Amanhã ou depois eu...
- Tá bom, e acha que vou ficar esperando com um pecador a meu lado? Pega tuas coisas e te manda!
- Órga, agora?

11 de set. de 2010

TEM QUE ENTENDER

Não é fácil entender a língua mãe, eu não sei nada. Gramática? O negócio não é sério, se não tiver contexto aparece o duplo sentido. Muita coisa não tem contexto.
Língua mãe é a matrona das línguas? Sei lá! Aqui a língua mãe é o Português, um lusitano?
Tenho uma maneira de usar a linguagem para escrever, outra para pensar e falo diferente, falo diferente não é "pau torto" ou é? Depende do contexto. Contexto é uma página que não esta em branco? Isso vai longe. Como vai longe se não saí daqui?
Tem que entender. O vestidinho preto pode até não ser mas você tem que ser indefectível !
Indefectível, totalmente, não pode falhar, sem duplo sentido.
A gramática, deixa sair, bem longe. Você eu vou entender, só no meu contexto!

9 de set. de 2010

UM LUGAR DO CARALHO

Quando aqui começa o frio, os dias ficam feios, as noites piores e vem a chuva que não para. Quando aqui as coisa ficam feias, os problemas fogem de minha alçada eu penso em sair. Eu voo.
Bato as asas da imaginação e do alto vejo opções. Garota acho que vou para a Califórnia, viver a vida e procurar uma menina bonita para admirar. Uma menina sobre as ondas  num jacaré.
Talvez eu voe sobre uma cidade onde eu saiba que do outro lado mora uma garota linda, moça prendada que se chama Amapola.
Pode  ser que procure uma outra chamada Babilina, trabalha numa boate, trás grana para casa e jura só fazer amor comigo.
São opções de um sonhador, aliás para o sonhador tudo é opção. O sonho tem infinitas situações. 
O sonho do sonhador é dele e intransferível. È mesmo?
Mas tudo isso que procuro nas adversidades se chama um lugar, um LUGAR DO CARALHO!

EXISTEM OS DIAS RUINS POREM....

TEM O BOM DIA...

8 de set. de 2010

ENTRE AS ORELHAS

Sabe aqueles dois pedaços de carne mole que te botaram na cabeça, um em cada lado? Estes mesmo! Aqueles que tem buracos onde tua mãe enfiava o cotonete. Aqueles negócios onde o bodegueiro descansa o lápis antes de passar na língua. Os animais nascem com elas penduradas abaixo das guampas, em nós as guampas podem nascer depois. Identificou agora?
Pois é, as orelhas. Eu sei que os homens só lembram delas quando dá coçeira e as mulheres na hora de colocar os brincos, mas vamos dar a devida importância afinal é por ali que entra mais da metade de nossos conhecimentos, nossa cultura, quer dizer são buracos de grande valia, incomensurável utilidade.
Muito bom, muito bonito, o problema se apresenta no depósito do que entra, no controle do estoque. Esse depósito é o entre orelhas, um espaço recheado de miolos e de tudo o que a gente deixou se instalar.
Neste lugar tem de tudo, doces e amargas lembranças, conhecimentos, as sacanagens e uns dispositivos que fazem o corpo se ouriçar, tem gente que sempre entra ali, para que? Para se ouriçar! No cantinho onde esta o conhecimento essa gente não entra, conhecimento não ouriça.
As vezes o conhecimento é exigido e sabe o que o sujeito faz? Ele coloca o dedo logo abaixo da orelha, olha para cima e diz; Deixe-me ver! Ver o que? O conhecimento fica entre as orelhas, embrenhado nos miolos, no escuro, vai ver o que?
O mal é que temos duas orelhas, um furo em cada uma e nenhum deles é saída. Deveria ser. Haveria uma filtragem, uma depuração, uma separação do que é bom e o que é ruim. Informação ruim teria saída. O mundo seria diferente, os arquivos imperfeitos não estariam disponíveis, não diríamos mais besteiras, eliminaríamos as gafes, seríamos perfeitos no convívio social.
Ah, direis, cada um faz sua depuração de acordo com sua índole. Pode ser mas, não acredito. Para se auto depurar temos que saber o que presta e o que não presta e para lembrar do não presta ninguem bota o dedo abaixo da orelha e diz deixe-me ver, todo mundo tem na ponta da língua.
Quem mais perdoa os pecadores mais tem pecados "entre as orelhas".

AMOR ESQUECIDO

Que coisa é essa que nos leva a amar e depois... Depois ter saudade, que coisa é essa que leva nosso tempo e nos faz pensar que tudo é como era antes? Somos outros, vivemos uma vida, tivemos outros amores. Hoje e o que passamos, tudo que elege nosso tempo não é o mesmo daquela saudade.
Curtir uma saudade é demais, coisas não aconteceram, não houve um tempo.
Eu te amei, sei disso. Preciso ter certeza de que você me amou?
Acho que não. Eu te amei!

SONHOS

Sei, tem algo que perturba, incomoda e desapropria nossa vida, sempre tem. Mesmo sendo gigantes os obstáculos chegam. Bater de frente com eles é quase impossível mas é nossa tarefa.
Quando acharmos que a solução é esquecê-los uma estratégia é transformar a passagem em sonho.
Porque sonhar sempre é possível e realizar um sonho é fantástico e nós somos fantásticos. Temos imaginação, poder de luta e muita, muita força de espírito. Valores que só precisam ser acionados, atitude. Eles se tornarão imensos, capazes de deixar qualquer obstáculo ínfimo o suficiente para ser ultrapassado.
Sonhe.

7 de set. de 2010

MENTE

Não penso muito sobre minha mente, quando olho a praça de minha cidade sei que não é San Marco, a igreja não é Notre Dame, o busto de Bento Gonçalves não é o do Papa, se assim pensasse procuraria meu fornecedor para saber o que ele anda colocando no meu fumo, mas gosto disso. Olhar a torre da Igreja e ver o Big Ben, o colégio e ver um palácio, Versalhes talvez, olhar o pórtico e ver o Arco do Triunfo. Olhar as pessoas e ver as pessoas.
Olhar as pessoas e vê-las como eu quero, do meu modo, maiores e melhores do que são. Sei, é uma mente louca! Não penso muito sobre minha loucura.

PODER

Em branco, se eu pudesse fazer a vida   em um papel branco, escrevendo cada momento, cada próximo passo, acho que até certo tempo seria exatamente como eu vivi. Depois... Seria exatamente como eu vivi. Hoje, será assim, como eu traçar com minha mão calejada, minhas experiências, minha força, será assim, escrita com a pena e o poder do destino.